sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Dom Gilson Andrade visita escola Dom Edilberto

Dom Gilson Andrade da Silva, bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, visitou a nossa escola, no último dia 4 de setembro, e se emocionou com a apresentação da banda formada por alunos da Escola Dom Edilberto. A música "Anunciação" de Alceu Valença foi uma das canções executadas pelas crianças. Confiram as fotos!




Visita de Dom Gilson Andrade da Silva - 04/09/2015

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Educação Integral

Antes que seja tarde demais...

...cuidemos das nossas crianças, vítimas inocentes das desigualdades deste país maravilhoso, mas também perverso.

...evitemos que nossas crianças sejam presas das diversas formas de marginalidade que trazem a morte para suas almas.

...livremos esses meninos e meninas da violência, muitas vezes presente nas comunidades carentes.

...possibilitemos a elas as condições para que, no futuro, tenham uma vida digna e honesta.

A educação é o processo de transformação de todos os cidadãos; o desenvolvimento do indivíduo deve ser integral: corpo, mente, espírito, saúde, emoções, pensamentos, conhecimento, expressão, etc. Tudo em benefício da própria pessoa, e a serviço de seu protagonismo e autonomia. Mas também buscando a sua integração harmônica e construtiva com toda a sociedade.

É comprometer-se com a disseminação de novos paradigmas. É oportunizar ao indivíduo a sua inclusão a uma educação de qualidade, para que ele possa ser agente transformador da sua realidade, contribuindo para a construção de uma sociedade justa, digna e igualitária.

A educação de tempo integral proporciona às crianças carentes a oportunidade de se desenvolverem de maneira segura, já que as mesmas, em suas casas, encontram sérias dificuldades, tanto para o estudo necessário e para feitura das ‘‘atividades de casa’’ devido à falta de adultos habilitados que as orientem e pela falta de espaço nas suas residências, como também para atividades de lazer, que se desenvolvem, na maioria das vezes, nas ruas insalubres da comunidade, onde estão sujeitas à marginalidade e a todas as formas de violência. Acresce-se a isto o fato de que, às vezes, ambos os pais muitas vezes trabalham durante todo o dia.

A Escola Dom Edilberto nasceu de um sonho da sua fundadora, Lúcia Almeida Souza de Cerqueira, professora aposentada que, aos 72 anos, observava os bandos de crianças que, vindas da comunidade de Nova Divinéia, vagavam pelas ruas do bairro do IAPI, pedindo comida.

Então, juntamente com outros moradores e com a venda de uma propriedade, foi fundada, em 12 de outubro de 1995, a Escola Dom Edilberto, cujo nome é uma homenagem ao bispo Dom Edilberto Dinkelborg, que antes de assumir a Diocese de Oeiras no Piauí, ajudou Irmã Dulce a criar o círculo operário, na região da Cidade Baixa, auxiliando-a também no início das suas obras sociais.

Desde sua fundação, há mais de 18 anos, a Escola Dom Edilberto tem por missão acolher e proporcionar às crianças carentes as condições necessárias para o seu pleno desenvolvimento, através de uma educação de qualidade, onde a criança possa ser agente transformador da sua comunidade. A Educação integral está desde o princípio nos planos da escola, pois sua fundadora almejava proporcionar às crianças várias atividades que, ao lado de educá-las para a vida, preenchessem o seu tempo vago e melhorassem seu perfil de aprendizagem.

Outro aspecto importante a considerar na educação integral é quanto à futura empregabilidade, ou seja, preparar a criança carente desde cedo para buscar o seu espaço no mercado profissional, pelo aprendizado de habilidades extra-curriculares. Assim é que a Escola D. Edilberto tem desenvolvido atividades nas áreas de música e informática, além de aulas de ética e cidadania e, muito importante, propiciando o reforço escolar, que possibilita às crianças o estudo das lições dadas na sala de aula, com explicações por pessoas habilitadas. Como já disse uma especialista em educação integral, não se deve confundir a mesma com a educação em tempo integral, ou seja, é algo mais.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Crise financeira da Escola Dom Edilberto é tema de reportagens na imprensa baiana

A Escola Dom Edilberto Dinkelborg foi tema de duas matérias em jornais baianos. A primeira matéria foi publicada no jornal A Tarde, em 30 de dezembro de 2013. A segunda matéria saiu no Jornal Massa! na data de 2 de janeiro de 2014. A crise financeira vivida pela escola, além da importância da instituição para a comunidade de Nova Divinéia, no bairro do IAPI, foram assuntos abordados pelas publicações. Confiram logo abaixo as matérias:  

A Tarde - Escola Comunitária luta para sobreviver
Massa! - Sem grana, escola passa perrengue

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MAIS UM ANO LETIVO

Estamos terminando mais um ano em nossa jornada educacional. Durante este ano, a Escola D. Edilberto, a duras penas, cumpriu mais uma vez a sua missão educadora.

Mais de 90% das crianças foram aprovadas, sem necessidade de recuperação, índice maior que o do ano passado. A escola buscou inovar, criar novos meios para educar as crianças carentes que estão sob sua responsabilidade. Neste ano, começamos diversas iniciativas constantes do nosso projeto de extensão das atividades escolares:

- Reforço Escolar: diversas crianças passaram a ter, durante a tarde, o estudo dirigido, supervisionado por uma professora. Isto deu excelentes resultados. De 26 crianças envolvidas nesse reforço, apenas uma precisou fazer recuperação.

- Ensino Musical: foi iniciado no segundo semestre, tendo-se inclusive criado a primeira bandinha da escola, onde participam 24 crianças. Essa bandinha já se apresentou durante a tradicional feijoada beneficente anual, com bastante sucesso.

- Ensino da Informática: foi criado um laboratório todo equipado, onde uma instrutora (Jaqueline), ensina às crianças a iniciação ao universo digital. As professoras também têm sido envolvidas e incentivadas a utilizarem os recursos tecnológicos para o ensino.

Estamos terminando o ano letivo com a sensação do dever cumprido, mas, ao mesmo tempo, com preocupações devido à nossa difícil situação financeira. Como todos sabem, nessa época de final de ano, devemos pagar o 13º salário aos nossos dedicados professores e funcionários. Por isso, estamos mandando, excepcionalmente, dois boletos de contribuição para nossos associados, pedindo aos mesmos uma doação adicional para fazermos frente a essas despesas.

Queremos desejar a todos os nossos colaboradores e benfeitores um Feliz Natal e um novo ano repleto de realizações.

Por Renato Falcão




terça-feira, 26 de novembro de 2013

sábado, 23 de novembro de 2013

Participe da rifa!

Estamos realizando mais uma ação em prol da manutenção da Escola Dom Edilberto - uma RIFA, que correrá no dia 30/11/2013, pelas centenas do 1º ao 5º prêmio da Loteria Federal.
Contamos com sua colaboração na aquisição de bilhetes! Valor: R$ 10,00 (dez reais) cada.

1º Prêmio: 1 jogo de panela anti aderente (06 peças) marca Brinox + 1 ventilador de 30 cm marca Master.
2º Prêmio: 1 liquidificador Mondial Premium com filtro 550watts + 1 faqueiro 24 peças aço inoxidável (verde).
3º Prêmio: 1 grill/sanduicheira NKS preta. + 1 par de brincos e gargantilha marca Carolina Costa.
4º Prêmio: 1 grill/sanduicheira AMVOX preta + 1 nécessaire para viagem com multi compartimentos + 1 nécessaire básica preta.
5º Prêmio: 1 colcha de casal de retalhos artesanal

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Educação musical

Em 22 de setembro, durante a realização da nossa tradicional feijoada anual, tivemos o prazer de assistir à primeira apresentação da bandinha da Escola D. Edilberto, fruto da implantação do projeto de extensão das atividades escolares. Ficamos surpresos com o desempenho dos nossos alunos, que contam com apenas quatro meses de aprendizado, com a orientação do professor Francisco de Assis e do seu auxiliar Robson.

Nesse dia apresentaram-se nada menos que 20 crianças, tocando flautas, percussão (xequerê, pandeiros, meia lua), acompanhados pelo tecladista Robson e pelo maestro Franscisco ao violão. Dava gosto ver o entusiasmo daquelas crianças e a responsabilidade com que encaravam a apresentação. Não notamos qualquer falha na execução das partituras nem na sincronização dos instrumentos. Foram executadas músicas do popular ao erudito, entre elas: Asa Branca (de Luís Gonzaga), Anunciação (de Alceu Valença), Aquarela (Toquinho) e o clássico “Hino à Alegria” da 9ª. sinfonia de Bethoven. Ao final, vários pais se emocionaram e deram depoimentos valorizando a iniciativa da Escola. Diversos alunos chegaram a chorar de emoção.

Claro que, sendo crianças, muito há ainda a progredir no caminho da musicalidade, mas a impressão causada foi a melhor possível.  As crianças que puderam já adquiriram instrumentos para estudar em casa e algumas têm levado instrumentos da escola por empréstimo, com a mesma finalidade. Agora já é comum, ao se passar pelas ruas na comunidade de Nova Divinéia, ouvir-se o som de flautas. Tivemos informação de que alguns alunos estão, por conta própria, estudando partituras e cifras obtidas pela Internet.

Em conversa com o professor Francisco, músico profissional especializado em ensino para crianças, o mesmo nos falou sobre os efeitos da educação musical na formação humana: acalmar os alunos, aprendizado da importância da disciplina, melhoria da cognição, melhoria no senso de lateralidade e espacialidade e o aumento da sensibilidade.

Como próximos  passos pretende-se ampliar o número de alunos envolvidos nessas atividades, ampliar o repertório e, em 2014, criar o Coral da escola. É possível, o que ainda não foi confirmado, que as crianças façam outra apresentação, ainda em 2013.

Damos aqui os nossos parabéns ao Prof. Francisco e a Robson pelo excelente trabalho.



Renato Almeida

Feijoada e comoção


Mais de 100 pessoas participaram da tradicional Feijoada da Escola D. Edilberto, no dia 22 de setembro, entre eles, os representantes da Escola de Pais, Jane e Reinaldo.
O evento anual tem o objetivo de arrecadar fundos para a manutenção da instituição. Pela primeira vez a festa saiu dos muros da escola e foi realizada no salão da Paróquia de São Paulo, no IAPI. O espaço cedido pelo pároco, Pe. Valson Fernandes, recebeu a visita do sacerdote que incentivou a participação dos paroquianos na festa.
Além da mudança de local, outra novidade surpreendeu e emocionou vários dos presentes na quinta edição do evento. Pela primeira vez, a banda de música formada pelos alunos da Escola D. Edilberto se apresentou para o público. No total, 20 crianças tocaram instrumentos como flautas, pandeiros e meias-luas, num repertório de seis canções.
A apresentação comoveu o público presente e surpreendeu colaboradores mais antigos da escola, como Edson Inácio. Ele que conhece a instituição desde a sua fundação, há 18 anos, ficou entusiasmado com a novidade. “É uma descoberta de talentos. Tenho certeza que esse resultado vai ser multiplicado e servirá de incentivo para dar continuidade a mais atividades extracurriculares”, comemorou.
A fundadora da Associação D. Edilberto Dinkelborg e da escola de mesmo nome, Lúcia Cerqueira, também ficou comovida e acompanhou atentamente a apresentação. Após as canções, pais deram depoimentos emocionados sobre a escola. “Quero agradecer a todos que colaboram para essa escola tão importante para a nossa comunidade”, falou Adriana, mãe da aluna Laura Beatriz.
Para aqueles que têm a intenção de colaborar e não puderam participar da Feijoada, até o fim do ano será realizada uma rifa de produtos variados. Para mais informações, entre em contato com a secretaria da escola.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Participe da Feijoada e ajude a Escola D. Edilberto!


Educação à Francesa

Viajar sempre nos dá a oportunidade de refletirmos sobre nós mesmos, nosso país e nossa cultura. Há um mês voltei de uma viagem de três meses pela Europa. A maior parte desse tempo fiquei em Paris, onde me dediquei a estudar francês.
 
Muitas foram as comparações e reflexões sobre os mais diferentes temas que me aconteceram nesse período. Mas, para além do encantamento com o funcionamento dos serviços públicos de transporte, foi possível perceber a força da política de bem-estar social tão presente nas sociais-democracias, como a França, que apesar de todas as ameaças sofridas nos últimos anos, segue vacilante tentando se desvencilhar das constantes propostas reformistas.
 
Esse estado de bem-estar social é o que permite que crianças tenham acesso a creches gratuitas e de qualidade, próximas de suas casas, além da oportunidade de estudar até o ensino médio contando com um bom sistema público-educacional. A universidade francesa também é pública e quase gratuita, já que o valor pago anualmente é irrisório.
 
Heranças da revolução francesa, os ideais de igualdade e fraternidade influenciaram no pioneirismo da terra de Balzac na educação. A França foi um dos primeiros países a ter um sistema público educacional. Primeiro com a lei de Guizot, em 1833, que foi base da organização escolar francesa e depois em 28 de março de 1882, com a lei escolar de Jules Ferry, que estabelece de fato a obrigatoriedade escolar e a laicidade no ensino público primário.
 
Todas essas conquistas vigiadas de perto pelo povo francês, que vai às ruas quando se aventa qualquer possibilidade de mudança no sistema, não asseguram, no entanto, que a educação francesa não tenha os seus problemas. O filme francês do ano de 2008, “Entre os muros da Escola” retrata o que é a escola para os imigrantes e mais que isso, retrata o conflito latente presente na sociedade francesa de hoje. A lei de 2011 que proíbe a utilização de burcas nas escolas e outros espaços públicos da França é uma prova disso. A nação que criou e pregou os ideais de liberdade, fraternidade e igualdade, atualmente tem dificuldades em lidar com os seus imigrantes e as escolas francesas parecem sofrer o reflexo disso.
 
Mesmo com esses problemas, a educação francesa está bem acima da brasileira no ranking divulgado pela UNESCO em 2011. Nele, a França aparece em quinto lugar e o Brasil em 88º. A percepção de alguns imigrantes brasileiros que conheci por lá e que têm filhos que frequentam escolas e creches ratificam isso. A nós, resta-nos torcer para que um dia a educação pública brasileira chegue próximo da educação na França, mas sem o peso dos seus preconceitos.


Ingrid Campos

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

"Presente divino" - Depoimento


Para começar gostaria de dizer que a Escola Dom Edilberto é um presente Divino para a Comunidade Nova Divinéia, do qual tive a sorte de participar.

Hoje, depois de mais de uma década, retorno à Escola como estagiária do curso de Pedagogia, não seria fiel de tudo se não falasse do meu sentimento no dia que voltei, quando vi as crianças rezando e cantando o Hino, foi uma viagem emocionante ao meu passado, não consegui conter as lágrimas. Os percalços do trabalho existem como em qualquer outra instituição, o grande diferencial da Escola Dom Edilberto é o amor e a entrega de seus funcionários para os alunos.

Sei o tamanho da minha responsabilidade, afinal, sou fruto da Escola e agora um exemplo a ser seguido. Nesse sentido, estou dando o meu melhor para contribuir com o crescimento social da minha comunidade.

Jaqueline Silva